27 de dezembro de 2012

7º dia - Da Divisa até San José -Bolívia


2012-12-26- 7º dia.
Saímos de Corumbá-MS em direção à aduana brasileira e argentina. Percurso de 7km. São 8h10em Brasília e 7h10 em Corumbá. Para sairmos do Brasil primeiro vamos ao posto da aduana brasileira e depois na boliviana. Chegamos às 7h30. As aduanas abrem às 8h. Já tinha fila quando chegamos. 


Chegando à divisa Brasil-Bolívia


Sônia, Estélio e Luiz na fila para carimbar o passaporte de saída do Brasil junto à Polícia Federal.

 Recomendamos aos próximos viajantes/motociclistas que cheguem às 6h, caso tenham pressa, pois o atendimento é lento. Mas para sair o procedimento é simples, embora demorado em função da fila. Tudo resolvido, fomos em direção à aduana boliviana.
Esse é o Cláudinho. A Bolívia dá as boas-vindas aos seus visitantes.
Mas como "boas-vindas" se há política de restrição de venda de combustível para estrangeiro? Mas esse assunto é para depois.
A aduana boliviana fica a alguns metros da brasileira, mas o interessante é que há fuso horário entre essa “metragem”. O lado boliviano, onde está localizada a aduana, chama-se Puerto Quijarro. Como há fuso horário, com diferença de 1h, tivemos que esperar o início do expediente, que também começa às 8h. Se tem fila do lado brasileiro, tem fila do lado boliviano.
Enquanto esperávamos o início dos procedimentos e aguardávamos nossa vez, íamos revezando na fila. Ora ficava um ora outro. Nesse compasso de espera, fizemos alguns registros e conhecemos pessoas. Vejamos os registros.

Aqui temos o Luiz tomando um refresco chamado MOCOXINCHE, que segunda a Sônia, contém uma"bactéria H.PILORI" que irá se manifestar depois de 10 anos. O Cláudinho ia tomar o MOCOXINCHE. Já estava como copo na mão. Quando ele ouviu o comentário da Sônia, jogou seu MOCOXINCHE fora...kkkkkk


O Luiz fazendo amigos e tomando um "delicioso" MOCOXINCHE. Nessa foto temos o Daniel Fontes e o Cleber Fontes (camisa verde). Ambos de Rondonópolis-MT.
E O CÂMB IO?. Enquanto aguardávamos a liberação, fizemos o câmbio. Cada real valia BS 2,90 (peso boliviano), e o dólar cotado a R$ 2,30. Fizemos um péssimo negócio...rsrsr. Abaixo a sofisticada “Casa de Câmbio”, com seguranças, sistema de vídeo fechado, cabine indiviaual...rsrs.




Tudo parece uma “muvuca”, mas não é. É pior que isso: "é um caos" . Olha o departamento de liberação dos veículos para adentrarem na Bolívia. Parece um barraco ou uma casinha típica do interior do nosso país.

Setor de vistoria de veículos visto de outro ânglo.

O agente da Polícia de Trânsito, responsável pela vistoria dos veículos, recolhe os documentos das pessoas que estão na fila aguardando liberação do seu veículo e aí começa uma romaria atrás do agente. Os veículos ficam em vários pontos do “estacionamento” espalhado por vários lugares. Aonde o agente vai, todos os proprietários de veículos vão atrás. É uma cena muito cômica, para quem está de bom humor, porque tinha gente subindo pelas paredes de tédio.
Vistoria dos veículos. "Sala de espera".  

VISTORIA DO VEÍCULO - A vistoria das motos ocorreu às 09h55, ou seja, 02h após o início do expediente na aduana.Todo o procedimento, na aduana, durou 3h30, pois ainda faltava mais um, que era ir à Polícia de Trânsito para bater um carimbo de liberação do veículo para transitar na Bolívia. Já eram 11h36 (horário local) 13h55 horário de Brasília.

Relação dos documentos necessários para realizar a vistoria.

Essa informaçãio é para os futuros viajantes de moto à Bolívia.


“SE EU PERDER ESSE TREM, QUE SAI AGORA ÀS 11h, SÓ AMANHÃ DE MANHÃ...” – O grupo havia feito reserva no “trem da morte” para embarcar as motos às 11h. Esse trem iria levar as motos até a Cidade de Santa Cruz de La Sierra-Bolívia. Resultado: literalmente perdemos o trem das onze. E gora?

CONHECENDO PESSOAS – Enquanto rolava a muvuca da nossa liberação e da vistoria do veículo, estávamos interagindo com pessoas. Assim, vejamos algumas delas:


Conhecemos o Oscar e a Sara Snabb (Suíços).


Um grupo eclético. Várias nacionalidades.


HOSPEDAGEM – Sugerimos a hospedagem do lado boliviano, pois os preços são melhores do que o de Corumbá, onde nos hospedamos no dia anterior. Segundo informações do ALCEU RONCATO, que estava acompanhado de sua mulher, CATERINA, e de seu filho GERMANO, as instalações do Hotel Jhonn Zen são muito boas. Esse hotel fica próximo da aduna, na av. Luis Salazar de La Vega – Arroyo Concepción – WWW.hoteljhonnzen.com (acomodação single BS 130 (pesos bolivianos) e casal BS 200,00.


O ALCEU E FAMÍLIA - E por falar na família do Alceu, queremos registrar nossos agradecimentos a essa família encantadora, pois, a partir do momento em que passou a interagir com o grupo, e ouvindo nossas histórias sobre o trem, sugeriu que fossos de moto, vez que a estrada havia sido inaugurada (falta um trecho a ser feito) há 05 meses. Garantiu-nos que a estrada estava excelente e se prontificou a nos acompanhar até a Cidade de Santa Cruz de La Sierra. É claro que aceitamos de pronto, era tudo o que precisamos naquele momento.
Almoço com a família do Alceu. Detalhe: já estávamos almoçando e ainda faltava a autorização da Polícia de Trânsito Boliviana.


ABASTECIMENTO -COMBUSTÍVEL. Motociclistas, recomendamos que abasteçam as motos antes de entrarem na Bolívia, pois, do contrário, terá que abastecer em “no paralelo”(venda de gasolina em residência) , vez que o preço para estrangeiro é mais caro do que aquele cobrado para os bolivianos. Explicamos: Preço para condutores com placa estrangeira BS 9,17 (peso boliviano) o litro (R$ 3,07 aproximadamente). Preço para veículo com placa boliviana BS 3,17 (um pouquinho mais de R$ 1,00). E o que são os “postos paralelos”? Em função dessa política de venda de combustível diferenciada para estrangeiros, algumas pessoas vendem gasolina em suas residências, valendo-se dos famosos “galões”, cujo litro custa R$ 2,00.

Abastecimento no "paralelo".

E O TAL DO CARIMBO/AUTORIZAÇÃO JUNTO À POLÍCIA DE TRÂNSITO? – Encontrar esse departamento de Polícia de Trânsito foi uma novela. O Alceu, que já estava integrado ao grupo, e que conhece toda a região,  teve trabalho para chegar até o local, que fica situado em Puerto Suarez – na Calle Heróes Del Chaco. A Polícia de Trânsito emite uma autorização e cobra uma taxa de BS 50,00 (pesos bolivianos). Não dão nenhum recibo (tem que ser dinheiro vivo). NOTA: essa autorização é solicitada próximo à saída de Puerto Suarez. Detalhe: já eram 13h43 (horário local), 15h43(Brasília). Somente a partir desse momento começou a viagem de moto até Santa Cruz de La Sierra.

Polícia de Trânsito localizada em Puerto Suarez (É bem difícil de achá-la).

Olha como é que a coisa funciona internamente!!!

Enfim, iniciando a viagem por estradas bolivianas.

ROBORÉ - A estrada entre Puerto Quijarro e a Cidade de San José é muito boa. Bem sinalizada e sem nenhum buraco. O único problema é o combustível. Olhem a fila para abastecer no vilarejo de ROBORÉ, primeira cidade com posto depois da Divisa Brasil/Bolívia, que fica a 262km de distância.

Além da fila, quando chove o abastecimento é paralisado, vez que não há condições para o trabalho. E tem outro problema: estrangeiro não é bem-vindo para o abastecimento nos postos. Como chovia e não estavam abastecendo, recorremos ao “abastecimento paralelo”.
Primeira cidade, depois da Divisa, com posto de gasolina. Distância: 262km.

Essa a filinha para abastecer. Por conta da chuva, o abastecimento estava parado. E mais, fecha às 18h.

Presença do exercíto junto aos postos de gasolina controlado pelo Estado. Detalhe: não conseguimos abastecer e tivemos que recorrer ao "paralelo" mais uma vez.



Achamos o trem que perdemos lá no ínício da viagem, o "Trem da Morte"....kkkkk

Todo sacrifício tem sua recompensa.

Pernoitamos em San José –Bolívia – Horário de chegada: 20h local – 22h -Brasília
DADOS ESTATÍSTICOS
A)     MOTO GSX650F – SUZUKI
Km rodado no dia 262 +139 = 401 km
Abastecimento: Paralelo (talvez 15 litros) + 8,22 = 23,22 litros
Valor gasto: BS 105,00 (pesos bolivianos) + BS 35,00 = BS 140,00 (pesos)
(obs.: falta incluir o último abastecimento)
B)      MOTO DL1000 – VSTROM – SUZUKI
(a informar)

C)       MOTO M800-BOULEVARD - SUZUKI

Total de KM rodado: 401
Quantidade de combustível: 28
Consumo médio: 14,32


HOSPEDAGEM: Tipo cidade do interior -  Sem comentários – serviu para passar a noite.
Diária solteiro: BS 150,00 (PESOS)
Diária casal: R$ 150,00 (PESOS)

8 comentários:

  1. Bom dia, mas que diazinho hein...kkkk mas de boa para não estraga o passeio tudo é um aprendizado, que bom que estão bem a saudade ta grande ja aff os dias parece estar se arastando.....bjos a todos...Eliane

    ResponderExcluir
  2. Ah pq a sonia ta de sandalias e saia ou que seria????...Eliane

    ResponderExcluir
  3. Quanta burocracia! Quanta muvuca! Ao menos parecem se divertir bastante! haha Muito bom poder acompanhar cada detalhe dessa aventura. Além de poder conhecer um pouco mais sobre a realidade boliviana. Espero que os próximos dias sejam mais tranquilos. Ahhh FELIZ ANO NOVO, galera!! Vai com tudo, pai!

    ResponderExcluir
  4. Caramba... Quanta coisa em um só dia na Bolívia! Isso que é "boas vindas"!!!! kkkkk Literalmente, é melhor rir do que se estressar... rsrsrs Espero que, apesar desses "detalhes" que deixam a viagem mais interessante, vocês consigam sempre resolver tudo e façam novas amizades pelo caminho! Um grande beijo!!! E um abraço apertado no meu padre!!! =)
    Att,
    Claudianha Lima

    ResponderExcluir
  5. Oi viajantes!!!

    Esse negócio de câmbio é uma chatice mesmo, melhor nem pensar.. rsrsrs.. ainda bem que tiveram tempo para conhecer gente bacana!!!

    Bjos!

    Babi e Léo

    ResponderExcluir
  6. Olá cunhadinho querido!
    Estamos curtindo esse blog! Nossa, que viagem hein! Acho que vou presentear o Sena com uma mioto dessas e quem sabe na próxima viagem, iremos juntos....
    Beijos! Deus abençoe vocês! Beijos, Celia

    ResponderExcluir
  7. Rafa - Lucas do Rio Verde28 de dezembro de 2012 às 17:51

    Caramba, é inacreditável que existam coisas que funcionem menos do que no Brasil. Pelo jeito tem. O negócio é este mesmo moçada, muita paciência e bom humor. Abraços e boa viajem.

    ResponderExcluir