6 de janeiro de 2012

04/01 - 9° DIA DE VIAGEM - de Puno a Arequipa

 Após passar uma excelente noite no Hotel Colon Inn, perder o horário de levantar e tomar um café da manhã- “desayuno” que durou aproximadamente duas horas , partimos  de Puno rumo  a Arequipa. Antes de pegarmos a estrada, fomos conhecer o Lago Titicaca, onde “sacamos” algumas fotos, pois a visita às ilhas flutuantes e as Totaras, demanda um tempo de aproximadamente oito horas, entre ida e volta. Saímos com o céu ensolarado e radiante, nos convidando para um belo dia de estradas pelos Altiplanos Peruanos. Eiiiitá momento bom, é só alegria (Mas que durou pouco, depois veio a tempestade).




 Na saída de Puno fomos surpreendidos por uma blitz da policia peruana com grande efetivo de policiais, que nos solicitaram a toda documentação, inclusive o SOAT, a qual não possuíamos. O policial informou de imediato seria de S$ 462,00 (soles). Dizendo o policial:” – mira, nosotros no estamos a cá para criar problema, somos amigos. Usteds podem hacer una donacion de S$ 200,00 (soles), por la moto, tudo se resolve.” Bem estabelecida a conexão iniciamos a negociação, que resultou em S$ 100,00 (soles) de “doação”, pelas duas motos. Vale ressaltar que essa atitude foi contra nossos princípios e que nos sujeitamos a tal, pelo fato dos policias estarem em grande número e fortemente armados, pois visivelmente não estavam ali para multar, mas sim para “propinita”. Tal situação nos deixou em estado reflexão pois desde que adentramos em território peruano em nenhum momento fomos orientados em fazer o seguro ou nos foi exigido na imigração peruana, a qual conferiu toda a documentação e nos liberaram a ingressar em solo peruano. Assim em nossas divagações concluímos que tal documento deveria ser orientado, solicitado ou notificado a fazer o seguro na cidade mais próxima.

De Puno a Arequipa são  337 Km, mas que segundo informações a viagem dura em média 6 horas, não sabíamos o motivo. A carretera S3 passa por paisagens deslumbrantes dentre tantas podemos destacar o “Alto da Lagunillas” a 4.413 metros acima do nível do mar.







Importante deixar registrado a necessidade de encher o tanque da moto em “Imata” vez que é o último ponto de abastecimento antes de Arequipa, cuja distância é aproximadamente 160 Km. Observe na foto abaixo que não trata-se de um posto de gasolina tradicional, mas sim uma bodega de combustível, (venda de petróleo). Caso esteja desatento poderá passar despercebido. Outro registro importante, é que ao passamos por Imata, às 15h00 ainda havia blocos de gelo acumulado ao pé da parede da bodega.




ATACADO POR UM CÃO. Fato impressionante e inusitado aconteceu com o Estélio, com a moto em pleno movimento. Explico: após passarmos um posto de pedágio, com a moto em velocidade baixa, um cão que estava próximo da guarita partiu para cima da moto dele, que estava, logicamente, com a Sônia na garupa.  O Cão mordeu-lhe as canelas sem tomar conhecimento que se tratava de um veículo em movimento e com cano de escamento super quente. Resultado da mordida:  canela mordida,  calça furada, parada para higienização e curativo. Mas não se preocupem, como o Estélio está vacinado, com certeza irá sobre para o cão. Vejamos a foto do momento do curativo:
A IMPORTÂNCIA DOS ITENS DE SEGURANÇA. Após observarem a foto, vai aí um alerta, nunca desprezem os itens de segurança de pilotagem de moto. Vejam o Estélio está sem a calça de “CORDURA”, que é um dos itens de segurança para esse tipo de viagem. Quando lhe perguntei por que não estava usando a calça de cordura naquele momento, pois estava usando em outros,  ele respondeu não gostava de usá-la.  Bem, lamentavelmente, ele aprendeu na “pele” a importância de um dos itens de segurança. Assim como o Cláudio, que também já passou por situações semelhantes, aprendeu a importância do uso dos itens de segurança para pilotagem de moto.

 Depois da mordida do cão, enfrentamos outra situação adversa. Observe ao fundo da foto abaixo, e verá uma grande montanha. Embora o tempo estive bom no local em que paramos para ver a mordida do cão, alguns quilômetros à frente entramos na zona de neblina. Como não havia sinais de chuva, acreditamos que não choveria. Ledo engano, choveu e muito.







Sofremos por pura negligência. Por “pensarmos” que não choveria, não colocamos roupa de chuva. Quando começou a chover, a estrada, que já estava sob neblina, não ofereceu condições para pararmos e colocarmos nossas roupas de chuva. Tivemos que tocar a viagem, restando mais de 100 km, com vento frio, chuva e neblina. Mas era muito frio e muita neblina. Era tanta neblina que não conseguíamos enxergar nada à nossa frente e nem o que se passava ao lado.  A neblina era tanta, que seguimos atrás de um caminhão durante todo o resto da viagem, pois era a única imagem que tínhamos à nossa frente. Enfim, chegamos em Ariquipa à noite com fome, frio  e molhados até à alma. Mas após a hospedagem num hotel de primeira categoria, tudo ficou bem e confortável.
Para encerrar a noite após mordida de cachorro, chuva, frio e neblina, saboreamos um jantar digno de “Guerreiros Andinos”.

5 comentários:

  1. Luiz e Eliane Sorriso mt6 de janeiro de 2012 às 08:44

    Eta quanta coisa pra um dia hein mas mordido por um cão esta com certeza tava fora dos planos amiga tu fico linda na luz desta foto nem parece que passou por tantos apuros...bjos.

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  2. Tudo muito lindooo, mas a do cachorro heim Estéliooo..rsrsrs, tive que dar umas risadinhass....

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  3. Que histórias bizarras!!!

    Pelo menos as fotos são belíssimas!!!

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  4. Nossa! Dá p/ sentir um friozinho na barriga de ler esse relato e ver as fotos!

    Uma ótima viagem para vcs!
    Glau

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  5. É bom falar com você novamente. Muita luta neste trecho em amigo! Itens de segurança sempre são importantes assim como você falou, portanto, cuidado nos próximos dias e siga sempre em frente. Tenha atenção na estrada, se cansar pare e se der fome se alimente bem e beba muita água!
    Grande abraço !
    Ass.: AMORIM

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